Hospitais privados querem alcançar padrões da hotelaria de luxo

No Albert Einstein, vencedor na categoria, equipe de hospitalidade tem 106 profissionais

São Paulo

Os hospitais particulares paulistanos nunca estiveram tão em evidência —eles foram os primeiros a notificar casos de Covid-19 no país.

A qualidade do atendimento dessas instituições não está somente nas mãos dos médicos e enfermeiros. Nas centros de saúde de alto padrão, equipes de hotelaria se dedicam a garantir que pacientes e familiares tenham acesso a serviços que lembram os de hotéis de luxo.

No hospital Albert Einstein, a equipe de hospitalidade é composta por 106 profissionais. São concierges, assistentes de atendimento, aprendizes e mensageiros. A maioria tem formação em turismo.

Segundo Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, o setor está por trás de mudanças na rotina da instituição. “Temos lavanderia, para que o paciente possa usar as próprias roupas, serviço de entretenimento com palhaços, mágicos, músicos e seresteiros, fazemos comemorações em datas festivas e promovemos visitas de animais de estimação”, afirma.

O setor de hospitalidade também faz parte do organograma do Hospital Sírio-Libanês desde 2005 —37 profissionais, formados em turismo, relações públicas e administração, compõem a equipe. Entre suas funções, diz Marina Muto, superintendente de hotelaria da instituição, está a organização de visitas de pets, serviços de beleza e apoio na reserva de hotéis para familiares.

Além das demandas de rotina, volta e meia as equipes encaram desafios inesperados. O presidente do Einstein não esquece o dia em que um paciente, impedido de ir ao show que o roqueiro Ozzy Osborne faria em São Paulo, mobilizou o time para tentar ver o ídolo. “Não deu para trazer o artista, mas ele mandou uma foto autografada, uma camiseta e uma carta de próprio punho.”

Vencedor na categoria hospital: Albert Einstein

21% das menções na pesquisa Datafolha O Melhor de sãopaulo Serviços 2020

Fundação 1971
Unidades 13 de saúde suplementar e 25 do SUS sob gestão Einstein
Funcionários 15 mil colaboradores
Faturamento Em 2018, receita operacional líquida de R$ 2.825,7 milhões
Crescimento Em 2018, a receita operacional líquida cresceu 3,6% em comparação com o ano anterior
Inovação Investimento de R$ 36,5 milhões em 2018, com ações em várias frentes. A incubadora Eretz.bio, inaugurada em 2017 com cerca de 44 startups, é uma delas. O hub é voltado para a criação de novos produtos, serviços e tecnologias na área de saúde
Ações sociais O Einstein mantém diversos programas com o Ministério da Saúde, que envolvem a área de assistência, gestão e pesquisa. Na pandemia, dois deles, de telemedicina, fazem parte do arsenal para combater o avanço no país. O primeiro atende 30 UTIs onde não há especialistas; o outro atende a população carente de 120 municípios da região Norte

"O Einstein nasceu do empenho da comunidade judaica no Brasil em criar um sistema de atendimento médico, de geração de conhecimento e de um forte senso de responsabilidade social que beneficiasse toda a sociedade. Essa premissa nos guia até hoje e faz com que nos esforcemos para assegurar que o paciente seja o foco de tudo, em qualquer lugar do país onde o Einstein esteja presente."

Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

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