A cidade de São Paulo tem 4.271 escolas particulares, com 872 mil alunos matriculados, que pagam mensalidades entre R$ 200 e R$ 12 mil, segundo a Corus Consultores.
Diante de tamanha concorrência e diversidade de públicos-alvo, oferecer o currículo básico é pouco para atrair a clientela.
Nas 14 unidades que o Colégio Objetivo mantém na capital paulista, os 9.416 alunos, da educação infantil ao ensino médio, são estimulados a continuar na escola depois que as aulas terminam.
Eles são atraídos por atividades que proporcionam aprofundamento em diversas áreas de estudo, todas embutidas no valor da mensalidade, que varia de R$ 1.115 a R$ 2.962.
"As tardes são para aprofundar conhecimento na área que o aluno mais gosta. Desde os sete anos, eles podem participar de olimpíadas científicas em vários países, por exemplo. A de astronomia está na moda", conta Vera Lúcia Antunes, coordenadora do Grupo Objetivo.
Quem volta com uma medalha, diz Vera Lúcia, garante passagem livre para o ensino superior —a escola tem mais de 8.200 na vitrine. "Unicamp, USP e Unesp passaram a aceitar os medalhistas olímpicos do Objetivo como alunos, sem que precisem passar pelo vestibular."
Com 2.700 alunos do 6º ano ao ensino médio, que pagam em média R$ 4.000 por mês, o Colégio Bandeirantes oferece disciplinas eletivas com temas que vão de democracia e direitos humanos a física aplicada à medicina e aos esportes.
Os alunos ainda podem participar de atividades como o clube de investimento, que oferece noções básicas sobre o mercado financeiro, e tinkering & gambiarra, que esmiúça o funcionamento de circuitos elétricos.
"A aula tradicional já não prende a atenção do aluno. Você só consegue envolvê-lo quando ele percebe que está aprendendo muitas coisas além do conteúdo regular", afirma Mayra Lora, diretora pedagógica do Colégio Bandeirantes.
Vencedor na categoria colégio particular: Objetivo
9% das menções na pesquisa Datafolha O Melhor de sãopaulo Serviços 2020
Fundação 1970
Unidades 14 próprias em São Paulo (o sistema Objetivo é adotado por 822 escolas particulares conveniadas e 28 da rede pública em todo o Brasil)
Funcionários 1.606
Pessoas atendidas 9.416 alunos nas unidades próprias e 218.086 nas redes conveniadas
Faturamento Não divulga
Crescimento Não divulga
Inovação Na década de 1970, a escola já tinha TVs e computadores em sala de aula e a robótica fazia parte do currículo. Atualmente, uma central de tecnologia digitaliza todo o conteúdo transmitido pelos professores
Ações sociais Alunos portadores de transtornos, como os do espectro do autismo, frequentam as aulas regulares desde a década de 1970. Desde 2014, a escola é também referência no atendimento a crianças com dificuldades motoras e/ou cognitivas
"Formar o indivíduo para um mundo globalizado envolve a capacidade de utilização dos recursos tecnológicos, sem prescindir de uma compreensão lúcida das novas realidades e do domínio de equipamentos básicos para a vida: a competência linguística, o raciocínio lógico e matemático, a iniciação científica, a consciência do meio ambiente, a visão histórica, a experiência artística, a formação ética e a construção da consciência de cidadania."
João Carlos Di Genio, presidente
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