Lá se vão oito décadas desde a inauguração do primeiro curso de inglês no Brasil —a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa abriu as portas, no Rio de Janeiro, em 1934.
Mas foi só nos anos 1990, quando a palavra globalização entrou para nosso dicionário, que as escolas de idiomas se popularizaram. Se ensinar inglês era o propósito então, hoje a história é outra. "Não damos mais aulas de inglês, mas aulas em inglês", afirma o gerente acadêmico da Cultura Inglesa, Marcelo Dalpino.
Na prática, significa fisgar o aluno por seus interesses e apresentar o conteúdo em outro idioma. Para crianças, pode ser uma aula de lógica matemática brincando de Lego. Para adolescentes, um curso sobre criação de vídeos e podcasts.
Os módulos são livres, para que o aluno escolha o tema na ordem que quiser, e as aulas podem acontecer tanto nas salas da escola quanto nos colégios que têm convênio com a Cultura Inglesa —70 ao todo, sendo 55 no estado de São Paulo.
Aos adultos que já dispõem de boas noções do idioma, mas que travam na hora de falar, a escola oferece cursos sobre habilidades profissionais específicas: como participar de uma reunião em inglês, por exemplo, ou como fazer uma apresentação em PowerPoint.
O formato original, que combina encontros presenciais e a distância, foi adaptado no período de isolamento social e, segundo Dalpino, tem tudo para continuar 100% online.
Segundo Elvio Peralta, diretor da Fundação Richard Hugh Fisk, que há 62 anos fundou o curso Fisk no Brasil, o público atual das escolas de idioma não lembra em nada a clientela do passado. "Antigamente, o programa era genérico porque os alunos aceitavam aprender para necessidades futuras. Hoje, personalizamos o ensino porque todos querem soluções imediatas."
Com 23 unidades próprias e mais de 800 franquias em todos os estados brasileiros, o Fisk adota material didático unificado. Mas turmas pequenas, de até cinco alunos, permitem que o conteúdo seja adaptado a interesses individuais, como esportes ou música. Os materiais também podem ser acessados a distância, por meio da plataforma Cyber Fisk.
Vencedora na categoria escola de idiomas: Cultura Inglesa
22% das menções na pesquisa Datafolha O Melhor de sãopaulo Serviços 2020
Fundação 1934
Unidades 60, em São Paulo, Santa Catarina e Bahia
Funcionários 900
Pessoas atendidas 70 mil alunos
Faturamento Não divulga
Crescimento Não divulga
Inovação A empresa trabalha com melhoria constante, por meio de pesquisas de mercado que identificam novas demandas científicas e acadêmicas. Os novos projetos são testados em algumas unidades, com alunos reais, antes do lançamento
Ações sociais Mais de dez projetos ativos beneficiam cerca de 2.600 pessoas anualmente, por meio de aulas e atividades gratuitas para moradores e profissionais da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. Há também projeto de capacitação gratuita para professores da rede pública de ensino
"É muito importante o reconhecimento consecutivo deste prêmio, que desde 2015 elege nossa instituição. A Cultura Inglesa se destaca pela sua excelência acadêmica, com os melhores professores do mercado, conteúdos de classe mundial e tecnologia educacional de ponta. Nossos alunos têm acesso a diversas atividades culturais complementares que desenvolvem habilidades socioemocionais e ampliam sua visão de mundo"
Marcos Noll Barboza, presidente
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