Descrição de chapéu Serviços 2021 datafolha

Auxílio emergencial faz crescer demanda por segurança no transporte de valores

Protege teve queda na receita durante a pandemia, mas viu subir busca por outros serviços

São Paulo

A pandemia mudou a circulação das pessoas, e isso teve efeito sobre o setor de segurança privada. Houve queda de faturamento, já que clientes como shoppings e escolas ficaram fechados e reduziram os efetivos, afirma Jeferson Nazário, presidente da Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores).

O Grupo Protege, mais lembrado pelos paulistanos na categoria segurança privada e que completa 50 anos em 2021, também teve diminuição na receita. Por outro lado, viu crescer a demanda pelo serviço de transporte de valores —motivado pelo auxílio emergencial, que movimentou bilhões em dinheiro vivo— e de cargas de alto valor agregado.

"Com o fechamento parcial do tráfego aéreo, produtos de tecnologia e insumos farmacêuticos passaram a ser transportados quase exclusivamente por rodovias", diz Marcelo Baptista de Oliveira, presidente do grupo. Esse setor do Protege cresceu 30% no primeiro semestre de 2020.

A área de segurança residencial não acompanhou essa alta, porque a maior presença de moradores deixou esses espaços menos atrativos para criminosos, afirma Oliveira.

Além das dificuldades impostas pela pandemia, o ano de 2020 foi marcado no setor por situações de abuso de violência, como no assassinato de Beto Freitas, cometido por vigilantes privados em um Carrefour de Porto Alegre (RS), em novembro.

Um dos seguranças envolvidos no crime era policial militar temporário, sem registro como vigilante. A empresa que realizava a segurança, Grupo Vector, também tinha sócios policiais, o que é proibido.

Muitos vigias irregulares são policiais, sem treinamento para atuar na segurança patrimonial.
Para Nazário, da Fenavist, a informalidade facilita a ocorrência de irregularidades e é o maior problema do setor. "A empresa formal é fiscalizada pela Polícia Federal e tem alguém responsável pelo profissional, que cuida e limita as ações dele."

Segundo Oliveira, o Protege não emprega policiais. "É possível que os recentes casos ilustrem para o mercado a necessidade de buscar especialistas em segurança privada", diz.

VENCEDORA NA CATEGORIA SEGURANÇA PRIVADA: PROTEGE

6% das menções na pesquisa Datafolha O Melhor de sãopaulo Serviços 2021

Fundação 1971
Unidades 44 bases operacionais, em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal
Funcionários 12 mil
Faturamento R$ 1,8 bilhão
Crescimento Não divulga
Ações sociais Apoia dez instituições dedicadas a jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social. Em 2020, também integrou o projeto Covid Radar, transportando gratuitamente equipamentos de proteção individual, itens de higiene pessoal e outros produtos. Além disso, abriu o acesso gratuito aos cursos da universidade corporativa do grupo para 1.500 familiares de colaboradores e jovens assistidos pelos projetos sociais que apoia

Nosso maior patrimônio são as pessoas. Uma empresa de prestação de serviços tem nos colaboradores a linha de frente do atendimento ao cliente. Capacitá-los, treiná-los e inspirá-los é preocupação constante da nossa organização. Ser considerada, pelo sétimo ano consecutivo, a melhor empresa de segurança privada de São Paulo é motivo de muito orgulho e significa que estamos no caminho certo

Marcelo Baptista de Oliveira

presidente

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