Sem cair na monotonia, Maní é eleito o melhor restaurante de São Paulo
Júri - Melhor Restaurante
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Helena Rizzo, que na infância revelou em seu diário ter chorado lágrimas de gelatina, é a força motriz do Maní, eleito o melhor restaurante de São Paulo.
Com mais de dez anos, a casa tem a capacidade de se manter viçosa, fresca, atraente sem cair na monotonia. Renova-se com consistência, sem se descosturar de seus pilares.
A sazonalidade. A relação intensa com pequenos produtores. O equilíbrio entre inovação e tradição. São preparos que provocam novas experimentações estéticas e desenham, com elegância, um passeio por ingredientes brasileiros, às vezes escanteados.
A taioba, que surge em um purê a escoltar o peixe cozido; o milho, revelado em uma farofa que faz companhia à leitoa assada; a jabuticaba, vertida em sopa na qual se deita um lagostim cozido no vapor de cachaça.
Explora um Brasil mais profundo ao incorporar elementos como a castanha de pequi, tida como o avelã do cerrado, ou o tucupi preto, que reduz ao fogo brando até ganhar uma sensual consistência de melaço.
Ao combinar o puro e o simples, Helena Rizzo transforma um exercício efêmero em uma experiência que fica cravada na memória. A saída do catalão Daniel Redondo da operação, que imprimia técnica e rigor, sugere que seu legado foi uma equipe bem treinada, capaz de traduzir seus ensinamentos, de modo a realçar a poética contribuição da chef.
Se o Maní comemora o posto de melhor restaurante de uma cidade como São Paulo, os brasileiros celebram tê-lo como representante de sua cozinha moderna para o mundo.