Descrição de chapéu Serviços 2022

Vacinação avança, e paulistano retoma vida cultural fora de casa

Cinemark, Petz e Saraiva foram as marcas mais lembradas na categoria lazer

São Paulo

Com o avanço da vacinação contra a Covid e a queda nos números da pandemia, o paulistano já se sente seguro para voltar a frequentar lugares como uma sala de cinema. Um dos setores mais prejudicados pela crise sanitária, os exibidores sofreram com as portas fechadas por longos períodos ou, então, com o abre e fecha constante dos momentos de incerteza.

Agora, as salas já estão autorizadas a operar com capacidade máxima, e mesmo que o público ainda esteja cauteloso, a expectativa é de retomada gradual.

Embora alguns hábitos tenham se tornado ainda mais frequentes na pandemia, como o consumo de filmes via plataformas de streaming, o prazer de ir ao cinema parece não ter sido abalado.

Ao menos foi isso que apontou pesquisa realizada no ano passado pelo Datafolha, em parceria com o Itaú Cultural: de acordo com o levantamento, assistir a um filme na tela grande foi a atividade cultural de que os entrevistados mais sentiram falta durante o isolamento social —67% disseram ter saudades da experiência.

Na ilustração de Galvão Bertazzi vemos um casal de rapazes abraçados dentro de um cinema. Eles comem pipoca enquanto um filme que está sendo exibido no telão.
Galvão Bertazzi

CINEMA: CINEMARK

Tecnologia foi aliada do cinema na crise sanitária

Pela sétima vez consecutiva, a rede Cinemark é lembrada como o melhor cinema de São Paulo, com 45% das menções na pesquisa Datafolha. A marca é líder no setor desde o primeiro levantamento, em 2015 —em 2021, devido à interrupção das atividades pelo coronavírus, a categoria não foi incluída na pesquisa.

Para o presidente da Cinemark, Marcelo Bertini, o reconhecimento é sinal de que a empresa está "no caminho certo". "É resultado da nossa busca incessante por oferecer a melhor experiência em termos de conteúdo, conforto e tecnologia."

Se hoje o uso de máscaras já não é obrigatório nas salas —a exigência da proteção na maioria dos espaços fechados caiu em 17 de março, conforme decreto do então governador João Doria—, o prolongamento da crise sanitária exigiu dos cinemas a busca de soluções contra aglomerações.

As poltronas são higienizadas depois de cada sessão na reabertura das salas Cinemark
Poltronas é higienizada em sala de cinema durante pandemia - Divulgacão

"A tecnologia foi nossa principal ferramenta para vencer desafios. Desenvolvemos uma jornada digital, baseada no nosso aplicativo e nos pontos de autoatendimento, para que o cliente pudesse fazer todas as compras, dos ingressos à pipoca."

Segundo Bertini, o retorno do público tem sido "gradual e constante". "Tenho certeza de que os próximos meses vão demonstrar que o cinema voltará com força total."

CINEMARK
45% das menções
Fundação
1997
Unidades
626 salas no país (172 na capital paulista)
Funcionários
Não divulga
Faturamento
Não divulga
Crescimento
Não divulga

A retomada tem sido gradual e constante. Nosso principal objetivo é trazer os espectadores de volta ao cinema

Marcelo Bertini

presidente da Cinemark


PET SHOP: PETZ

Cresce número de animais nos lares, e setor pet fatura

Não foi apenas a convivência entre tutores e seus pets que cresceu —e se fortaleceu— na pandemia: a quantidade de animais domésticos no país passou de 141,6 milhões, em 2019, para 144,3 milhões em 2020, segundo o IPB (Instituto Pet Brasil).

Ainda não há dados consolidados sobre o número de bichos de estimação em 2021, mas o faturamento do setor pet já foi contabilizado e ultrapassou R$ 51,7 bilhões, alta de 27% em relação a 2020, segundo o IPB.

"O pet, já há muito tempo, faz parte da família. E a população de animais nas residências aumentou muito, tanto o número de bichos adotados como o de animais comprados", afirma Nelo Marraccini, presidente do conselho consultivo do IPB.

Na ilustração de Galvão Bertazzi vemos o interior de uma PET SHOP. Um gato dorme em cima de um cachorro que parece desconfiado. Um cãozinho pequeno corre atrás de uma bolinha e um peixinho amarelo está dentro de um aquário redondo. Dois ramstters correm dentro de um cano de plástico transparente e uma funcionária usa o secador e escova o pelo de um pet sobre um balcão.. Na vitrine vemos um osso, uma bolinha e uma coleira à venda.
Galvão Bertazzi

Neste segmento promissor, o Grupo Petz foi citado por 22% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha como o melhor pet shop da cidade. O resultado consolida a liderança da empresa, que no ano passado já havia se descolado da concorrente Cobasi (citada por 18% dos entrevistados em 2022), após três anos consecutivos de empate (2018 a 2020). De 2015 a 2017, primeiros anos da pesquisa, a Cobasi foi líder.

Com lucro líquido de R$ 91,6 milhões em 2021 (alta de 23,5% ante 2020), uma das principais metas da empresa para este ano é abrir 50 unidades no país. De acordo com Sergio Zimerman, CEO do Grupo Petz, o objetivo é fortalecer o modelo de omnicanalidade, em que a plataforma online de vendas se abastece de produtos das lojas físicas.

"Atualmente, mais de 30% das nossas vendas são digitais, e em quase 90% dessas vendas digitais o produto é expedido pela loja. E a gente tem sido extremamente bem sucedido nessa estratégia."

PETZ
22% das menções
Fundação
2002
Unidades
168 no país (40 na capital paulista)
Funcionários
7.035
Faturamento
R$ 2,5 bilhões (2021)
Crescimento
44,8% (2021)

A plataforma digital de vendas usa a logística da rede de lojas físicas. A gente continuará abrindo lojas porque, quanto mais próximos nós estivermos da casa dos clientes, menor o custo de servir e melhor o nível de serviço

Sergio Zimerman

CEO do Grupo Petz


LIVRARIA: SARAIVA

Em recuperação judicial, empresa é livraria mais citada

Ainda que tenha fechado lojas e esteja passando por um processo de recuperação judicial, a Saraiva continua forte na cabeça dos paulistanos: a rede foi eleita a melhor livraria da cidade de São Paulo, de forma espontânea, por 34% dos entrevistados pelo Datafolha.

A história da recuperação judicial da empresa começou em 2018, quando apresentava dívida de R$ 675 milhões. Procurada, a Saraiva não respondeu à reportagem de O Melhor de sãopaulo - Serviços.

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