Com o avanço da vacinação contra a Covid e a queda nos números da pandemia, o paulistano já se sente seguro para voltar a frequentar lugares como uma sala de cinema. Um dos setores mais prejudicados pela crise sanitária, os exibidores sofreram com as portas fechadas por longos períodos ou, então, com o abre e fecha constante dos momentos de incerteza.
Agora, as salas já estão autorizadas a operar com capacidade máxima, e mesmo que o público ainda esteja cauteloso, a expectativa é de retomada gradual.
Embora alguns hábitos tenham se tornado ainda mais frequentes na pandemia, como o consumo de filmes via plataformas de streaming, o prazer de ir ao cinema parece não ter sido abalado.
Ao menos foi isso que apontou pesquisa realizada no ano passado pelo Datafolha, em parceria com o Itaú Cultural: de acordo com o levantamento, assistir a um filme na tela grande foi a atividade cultural de que os entrevistados mais sentiram falta durante o isolamento social —67% disseram ter saudades da experiência.
CINEMA: CINEMARK
Tecnologia foi aliada do cinema na crise sanitária
Pela sétima vez consecutiva, a rede Cinemark é lembrada como o melhor cinema de São Paulo, com 45% das menções na pesquisa Datafolha. A marca é líder no setor desde o primeiro levantamento, em 2015 —em 2021, devido à interrupção das atividades pelo coronavírus, a categoria não foi incluída na pesquisa.
Para o presidente da Cinemark, Marcelo Bertini, o reconhecimento é sinal de que a empresa está "no caminho certo". "É resultado da nossa busca incessante por oferecer a melhor experiência em termos de conteúdo, conforto e tecnologia."
Se hoje o uso de máscaras já não é obrigatório nas salas —a exigência da proteção na maioria dos espaços fechados caiu em 17 de março, conforme decreto do então governador João Doria—, o prolongamento da crise sanitária exigiu dos cinemas a busca de soluções contra aglomerações.
"A tecnologia foi nossa principal ferramenta para vencer desafios. Desenvolvemos uma jornada digital, baseada no nosso aplicativo e nos pontos de autoatendimento, para que o cliente pudesse fazer todas as compras, dos ingressos à pipoca."
Segundo Bertini, o retorno do público tem sido "gradual e constante". "Tenho certeza de que os próximos meses vão demonstrar que o cinema voltará com força total."
CINEMARK
45% das menções
Fundação
1997
Unidades
626 salas no país (172 na capital paulista)
Funcionários
Não divulga
Faturamento
Não divulga
Crescimento
Não divulga
A retomada tem sido gradual e constante. Nosso principal objetivo é trazer os espectadores de volta ao cinema
PET SHOP: PETZ
Cresce número de animais nos lares, e setor pet fatura
Não foi apenas a convivência entre tutores e seus pets que cresceu —e se fortaleceu— na pandemia: a quantidade de animais domésticos no país passou de 141,6 milhões, em 2019, para 144,3 milhões em 2020, segundo o IPB (Instituto Pet Brasil).
Ainda não há dados consolidados sobre o número de bichos de estimação em 2021, mas o faturamento do setor pet já foi contabilizado e ultrapassou R$ 51,7 bilhões, alta de 27% em relação a 2020, segundo o IPB.
"O pet, já há muito tempo, faz parte da família. E a população de animais nas residências aumentou muito, tanto o número de bichos adotados como o de animais comprados", afirma Nelo Marraccini, presidente do conselho consultivo do IPB.
Neste segmento promissor, o Grupo Petz foi citado por 22% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha como o melhor pet shop da cidade. O resultado consolida a liderança da empresa, que no ano passado já havia se descolado da concorrente Cobasi (citada por 18% dos entrevistados em 2022), após três anos consecutivos de empate (2018 a 2020). De 2015 a 2017, primeiros anos da pesquisa, a Cobasi foi líder.
Com lucro líquido de R$ 91,6 milhões em 2021 (alta de 23,5% ante 2020), uma das principais metas da empresa para este ano é abrir 50 unidades no país. De acordo com Sergio Zimerman, CEO do Grupo Petz, o objetivo é fortalecer o modelo de omnicanalidade, em que a plataforma online de vendas se abastece de produtos das lojas físicas.
"Atualmente, mais de 30% das nossas vendas são digitais, e em quase 90% dessas vendas digitais o produto é expedido pela loja. E a gente tem sido extremamente bem sucedido nessa estratégia."
PETZ
22% das menções
Fundação
2002
Unidades
168 no país (40 na capital paulista)
Funcionários
7.035
Faturamento
R$ 2,5 bilhões (2021)
Crescimento
44,8% (2021)
A plataforma digital de vendas usa a logística da rede de lojas físicas. A gente continuará abrindo lojas porque, quanto mais próximos nós estivermos da casa dos clientes, menor o custo de servir e melhor o nível de serviço
LIVRARIA: SARAIVA
Em recuperação judicial, empresa é livraria mais citada
Ainda que tenha fechado lojas e esteja passando por um processo de recuperação judicial, a Saraiva continua forte na cabeça dos paulistanos: a rede foi eleita a melhor livraria da cidade de São Paulo, de forma espontânea, por 34% dos entrevistados pelo Datafolha.
A história da recuperação judicial da empresa começou em 2018, quando apresentava dívida de R$ 675 milhões. Procurada, a Saraiva não respondeu à reportagem de O Melhor de sãopaulo - Serviços.
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