Descrição de chapéu Serviços 2022 ifood

Entrega rápida dá impulso à expansão do comércio online

iFood e Mercado Livre são eleitos os melhores na pesquisa Datafolha

São Paulo

A volta das atividades presenciais não alterou a disposição do brasileiro em comprar pela internet. Pelo contrário, o comércio online vive um período de mudanças estruturais com o fortalecimento do serviço de delivery para restaurantes, o investimento em logística e a proliferação de "dark stores", depósitos de itens voltados a entregas rápidas —às vezes, feitas em 15 minutos.

Em janeiro deste ano, o ecommerce brasileiro registrou faturamento recorde de R$ 13,8 bilhões, segundo a Neotrust, que faz monitoramento de compras online.

Centro de distribuição do Mercado Livre em Cajamar às vésperas da Black Friday - Danilo Verpa - 25.nov.2021/Folhapress

Para a empresa, prazos de entrega competitivos serão cada vez mais importantes. Reflexo disso é a expansão dos centros de distribuição, que permitem que produtos de diferentes setores, como decoração, eletrônicos e beleza, cheguem aos clientes no mesmo dia da compra —o que já é feito pelo Mercado Livre, por exemplo.

Na seara dos aplicativos, pesquisa da Abrasel (associação de bares e restaurantes) divulgada em abril mostra que 81% dos estabelecimentos usam delivery em ao menos uma plataforma. Para Paulo Solmucci, presidente da entidade, a modalidade vai continuar crescendo.


DELIVERY DE BARES, RESTAURANTES E SUPERMERCADO: IFOOD

App agiliza pedido em mercados e restaurantes

O iFood é, pela segunda vez consecutiva, a marca mais lembrada na categoria delivery de bares e restaurantes, com 32% das menções. A foodtech também lidera no serviço de delivery de supermercados, com 18%, ultrapassando pela primeira vez o Pão de Açúcar, citado por 12% dos entrevistados —no ano passado, as empresas dividiram o posto mais alto do pódio, com 13%.

Em 2021, o número de pequenos e médios restaurantes cadastrados na plataforma cresceu 27%. Além disso, com a saída da Uber Eats do mercado, em março de 2022, a expectativa de empresários do ramo é que o iFood abocanhe essa fatia e amplie ainda mais sua presença, segundo pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) divulgada em abril.

O crescimento da marca também se dá no iFood Mercado, impulsionado especialmente pelo isolamento social imposto pela pandemia: de março de 2020 a março de 2021, período que marca o primeiro ano da crise sanitária, o número de estabelecimentos cadastrados na plataforma saltou 418%. Diante disso, a atenção da empresa se volta agora para garantir mais rapidez às entregas.

Na ilustração de Galvão Bertazzi vemos um motoboy  pilotando sua moto pelas ruas. Na sua grande mochilha ele carrega diversas refeições, indicadas atravéz de balões: macarrão, pizza, sushi, hambúrger e um risoto.
Galvão Bertazzi

"A velocidade é um importante condutor para o consumidor escolher onde vai pedir. Estamos investindo muito em fazer com que os parceiros entreguem [os pedidos] cada vez mais rápido, mas pensando em uma cadeia responsável de segurança", afirma João Clark, diretor de marketing do iFood.

Para Paulo Henrique, diretor de tecnologia da Linx, empresa especializada em tecnologia para o varejo, a entrega rápida é um grande desafio para os estabelecimentos. Uma solução para supermercados, ele diz, é investir em "dark stores", que funcionam como centros de distribuição exclusivos para armazenar produtos vendidos por ecommerce com o objetivo de concluir entregas em 15 minutos —Rappi e iFood, por exemplo, têm "dark stores".

No último mês, o aplicativo se viu envolto em polêmica. Reportagem da Agência Pública afirmou que o iFood teria contratado duas empresas de comunicação para realizar ações nas redes sociais, com a criação de perfis falsos, na tentativa de desmobilizar manifestações de entregadores por melhores condições de trabalho —como o Breque dos Apps, de julho de 2020.

Em nota, o iFood diz que contratou um escritório de advocacia "para apurar os fatos e se houve violação do código de conduta e ética da empresa por funcionários ou fornecedores". A empresa informou, ainda, que está comprometida com a realização de "treinamentos internos com todos os colaboradores sobre conceitos relacionados à desinformação".

IFOOD
32% das menções como delivery de bares e restaurantes
18%
Fundação
2011
Atuação​
Brasil e Colômbia
Funcionários
4.100 (Brasil e Colômbia)
Faturamento
Não divulga
Crescimento
Não divulga

Investimos em novos formatos de entrega com modais não poluentes, como drones e bikes elétricas. Para estarmos próximos dos parceiros, estamos abrindo um programa ativo de escuta para propor melhorias. E queremos que os clientes consigam receber exatamente tudo o que pediram, por isso treinamos os supermercados para que eles tenham sempre os estoques atualizados

João Clark

diretor de marketing do iFood


VENDA PELA INTERNET: MERCADO LIVRE

Marketplace investe pesado em logística

A meta de oferecer o serviço de entrega mais rápido do país vem mobilizando grandes empresas que operam por ecommerce. Amazon, Magazine Luiza e Americanas são exemplos de gigantes que investiram em galpões próprios em nome da agilidade —o que pode resultar em pedidos entregues no mesmo dia,
a depender da cidade e da hora em que a compra foi concluída.

Não é diferente com o Mercado Livre, vencedor da categoria de venda pela internet. Thais Nicolau, diretora de marketing da empresa, conta que foi anunciado um investimento de R$ 17 bilhões em 2022 para expandir a malha logística, a fim de viabilizar uma entrega mais rápida. O gasto é 70% maior do que o valor investido no ano passado.

"Com a modalidade Full, mais de 2.000 cidades já recebem seus produtos em até um dia, e em 50 municípios fazemos a entrega no mesmo dia", diz Nicolau. Nesse modelo, a mercadoria dos lojistas é armazenada, embalada e entregue pelo marketplace, que usa algoritmos para determinar as rotas mais eficazes.

Na ilustração de Galvão Bertazzi vemos um homem sentado em frente a um computador. Na tela vemos um sapato que ele acabou de comprar e a campainha acaba de tocar. Seu pedido chegou. Ao seu lado vemos um vaso de plantas. Sobre a mesa, papéis e enfeites.
Galvão Bertazzi

Para Paulina Dias, líder de inteligência da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento do ecommerce brasileiro, a tendência é que o consumidor busque cada vez mais esses prazos curtos, além de ofertas de frete grátis, de grande apelo.

O Mercado Livre registrou recorde de vendas no último trimestre de 2021 (US$ 8 bilhões), com 82,2 milhões de usuários ativos e 9 milhões de vendedores únicos. Para Thais Nicolau, acolher categorias que não são tradicionais no ecommerce ajuda a explicar os números.

"Houve um crescimento muito grande não apenas de produtos que já chegam fechados como também de toda a parte de supermercado, de alimentos frescos. A ideia é que a gente traga [para a plataforma] qualquer categoria que o consumidor precise, com a maior conveniência possível", afirma Nicolau.

Na corrida para se manter como o marketplace que oferece a maior variedade de produtos, o setor de supermercados da plataforma é mantido em parceria com o Pão de Açúcar e o Mambo.

"Queremos expandir cada vez mais o serviço com itens de supermercados. Quando falamos de alimentos frescos, como carne e salada, isso foi lançado no ano passado e ainda está em expansão", diz.

MERCADO LIVRE
34%
das menções
Fundação
1999, na Argentina
Atuação
18 países (Brasil, Argentina, México, República Dominicana, Honduras, Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Panamá, Costa Rica, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai)
Funcionários
12 mil no Brasil
Faturamento
US$ 1,13 bilhão no Brasil
Crescimento
62,4% entre 2020 e 2021

Perseguimos a excelência na experiência de compra e venda. Isso envolve a entrega mais rápida que pudermos oferecer e também a expansão de categorias e sortimentos

Thais Nicolau

diretora de marketing do Mercado Livre


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