Entre os muitos desafios enfrentados pelos hospitais no ano passado, um deles era reduzir o risco de contaminação pelo coronavírus dentro da própria instituição.
Uma das saídas era usar quartos com pressurização negativa (onde a pressão é inferior à de locais adjacentes, evitando assim que o ar escape da área de isolamento), o que costuma demandar uma adaptação complexa do local.
Diante disso, o Hospital Israelita Albert Einstein e a Enebras desenvolveram, com o apoio da Embraer, um aparelho portátil chamado Atmus, capaz de controlar a pressão dentro de um quarto. O ar contaminado é filtrado e passa por lâmpadas germicidas do tipo UVC e, depois, volta sem contaminantes.
O caso exemplifica como o Einstein investiu em tecnologia para combater a Covid-19. Já em uso em vários hospitais, o Atmus contou com o apoio da Eretz.bio, ecossistema de inovação e empreendedorismo em saúde do hospital que fomenta vários projetos.
Entre eles, está a criação de aplicativos, como o App CoVida, que analisa os processos e a organização interna das empresas para implantar protocolos de segurança necessários à retomada do trabalho, reduzindo o risco de transmissão do coronavírus.
Paralelamente, o hospital se mobilizou para direcionar recursos à produção de pesquisas. “O Einstein tem 195 projetos desenvolvidos e 132 publicações sobre a Covid-19”, diz Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, destacando os estudos feitos pela Coalizão Covid Brasil, aliança que reúne, além do Einstein, o HCor e o Sírio-Libanês.
Outra parceria, desta vez com a Prefeitura de São Paulo, Ambev e Gerdau, levou à construção de um anexo com cem leitos no Hospital do M’Boi Mirim, sob gestão do Einstein.
A importância das parcerias é uma das principais lições do período, diz Adelvânio Francisco Morato, da FBH (Federação Brasileira de Hospitais), citando a união frente à falta de EPIs.
“Essa articulação possibilitou expertise para que, depois, a mesma estratégia fosse adotada, como no episódio da falta de leitos e de respiradores pulmonares. A articulação com o Congresso Nacional também foi imprescindível para que vários entraves fossem superados.”
VENCEDOR NA CATEGORIA HOSPITAIS: ALBERT EINSTEIN
23% das menções na pesquisa Datafolha O Melhor de sãopaulo Serviços 2021
Fundação: 1955
Unidades: Dois hospitais, um em São Paulo e outro em Goiânia; clínicas em São Paulo, Rio de Janeiro, Alphaville e Sorocaba; e unidades de ensino em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte
Funcionários: 15 mil colaboradores e 10 mil médicos
Faturamento: Não divulga
Crescimento: Não divulga
Ações sociais: Gestor de 26 unidades públicas, que compreendem hospitais municipais, AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). A organização participa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, com projetos nas áreas de avaliação e incorporação de tecnologia, capacitação de recursos humanos, pesquisas de interesse público, apoio à gestão, prestação de serviços e de assistência à saúde, entre outras ações
"A pandemia tem sido um momento de muito aprendizado. São muitas lições. Entre elas, a necessidade de parcerias público-privadas, a redução de desperdício, o uso inteligente da tecnologia, o atendimento humanizado e a prevenção de doenças"
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