A chefe de bar de 34 anos, que quase virou advogada, comanda o elegante Fel, no Copan. Catarinense de São Joaquim, Michelly Rossi começou a trabalhar neste habitat tão masculino quando cursava a faculdade de direito em Florianópolis, ajudando um amigo que estava montando um bar de jazz. De lá para cá, trabalhou em casas de São Paulo como Alberta, Z Carniceria, A Casa do Porco e Frank.
Foi após dois anos neste último que surgiu a chance de chefiar o Fel. Para quem não sabe, chefe de bar é mais que um bartender: precisa pensar o cardápio, administrar estoques, comandar equipe. Ela está na cena —ou na barra, jargão para quem trabalha dentro do balcão— no momento em que o ato de beber vem sendo desmistificado entre mulheres.
Um estudo de 2016 mostrou que, se no início do século 20 os homens consumiam mais que o dobro de álcool que as mulheres, na geração atual essa diferença é de apenas 10%. Mas, como toda mulher deve saber, ainda existem estereótipos sobre o que seriam sabores femininos nos drinques. “Não existe bebida de mulher. Não existe distinção de gênero para o paladar”, diz. “Elas tomam drinques um pouco mais refrescantes, menos complexos, porque tudo o que se tem de paladar, se tem por experiência.”
Para aquelas, e, quem sabe, aqueles, que queiram aumentar seu repertório gustativo, a carta do Fel, desenhada por Rossi, oferece 13 coquetéis que vão do amargo ao ligeiramente doce, passando por complexidades do cítrico e do refrescante.
Fel
Av. Ipiranga, 200, loja 69, República, tel. 3237-2215
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