Eleito na categoria família, Capim Santo não tem atração para crianças

Júri - Melhor Restaurante para ir com a Família

Teté Ribeiro
São Paulo

Estranho o Capim Santo ter sido eleito nesta categoria: melhor restaurante para ir com a família. Se for com os pais, tios e avós, vá lá. Mas minha experiência, com duas crianças de cinco anos, não foi das mais memoráveis.

De fato a casa tem um enorme quintal coberto no qual fica a maioria das mesas. Com grandes árvores e uma linda jabuticabeira, é ao mesmo tempo despojado e acolhedor. Se as crianças forem do tipo das que correm entre as mesas, terão espaço de sobra lá.

Mas não há nada feito especialmente para os pequenos, nenhum brinquedo, nenhum espaço exclusivo, nem mesmo um reles papel na mesa e um conjunto de gizes de cera, tão comuns por aí.

A culinária brasileira caprichada também não tem versões adaptadas para o paladar infantil. É tudo muito bem-feito, a comida servida em um bufê é uma delícia. Mas minhas filhas comeram vários pasteizinhos, um espaguete com molho de tomate feito na hora e um pedaço de carne. E depois se entediaram antes que os adultos tivessem terminado a refeição.

O Capim Santo é um caso de sucesso. Nasceu em Trancoso, em 1985, com pratos feitos só com ingredientes locais. A filial nos Jardins, em São Paulo, abriu em 1998. E hoje em dia já existe em quatro outros endereços: no Tomie Ohtake, no Museu da Casa Brasileira, no Theatro Municipal e no shopping Village Mall, do Rio. São todos simpáticos e com boa comida. Mas prefira ir com um grupo de adultos.

Restaurantes
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Capim Santo

Brasileira |
até R$142.63

Oriunda de Trancoso (BA), a marca chegou a São Paulo pelas mãos da talentosa Morena Leite. Hoje, a chef também lidera o restaurante Santinho, mas é no primogênito que imprime sua verve criativa. Sempre valorizando ingredientes nacionais, ela propõe receitas como a do ravióli de tapioca com queijo da Canastra (R$ 56).

 

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