Muitos ostentam as raízes italianas nos sobrenomes, com letras dobradas e terminados em “lo” e “li”. Nem todos, porém, vão muito além do macarrão básico quando entram na cozinha. Nas lojas do Pastifício Primo, encontra-se de tudo para preparar uma refeição mais caprichada, mas sem complicação.
As massas recheadas, em vários formatos e sabores, têm apelo especial. Basta cozinhar por poucos minutos na água com sal e servir com o molho comprado lá também. É possível, ainda, comer no local —no meu caso, na simpática unidade Pompeia, que tem ares de bricabraque pré-hipster. Tudo é feito lá, até
o chope (R$ 10) e o sorvete (R$ 5).
Os pratos vão de R$ 18,99 (massas sem recheio) a R$ 29,99 (as mais sofisticadas, como tortelloni de presunto de Parma e figos turcos). Todas vêm com molho pomodoro ou branco —que pode ser trocado, por mais R$ 6 ou R$ 7, segundo a escolha. No balcão, os pansotti (R$ 27,99) parecem sedutoras balas listradas; fomos neles, versão clássica, de gorgonzola, e abrasileirada, de carne de sol com abóbora.
A porção é farta, inclusive no molho —um italiano talvez dissesse que não é “pasta asciutta”, seca, mas “in brodo”, no caldo. A ideia, porém, é que você limpe o fundo do prato —descartável, mas de bambu— com
o pão que acompanha. Não se avexe: na Itália, se chama “fare la scarpetta”.
Há ainda almôndegas, galeto, massas secas e até um pacote com tudo o que se precisa para preparar um risoto. À prova de preguiça.
Pastifício Primo
O pequeno pastifício localizado em Pinheiros prepara seus produtos em uma cozinha à vista. Com atendimento cortês, oferece molhos e massas frescas para levar, a exemplo do ravioloni de mozarela de búfala e manjericão e do sorrentino de queijo brie com damasco. Um simpático manual de preparo acompanha as pedidas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.