Com comida boa e sem luxos, A Baianeira é o melhor restaurante para se sentir em casa

Júri - Melhor Para se Sentir em Casa

Vinicius Torres Freire
São Paulo

O restaurante tem cara de venda de cidadezinha do Jequitinhonha ou da Bahia. “VENDA BAIANEIRA”, diz o letreiro pintado na entrada do que parece uma mistura de sobradinho com garagem.

A Baianeira, baiana com mineira, não tem luxos a não ser comidas finas com preço bom. Na entrada, tem nhoque de batata-doce com creme de requeijão de corte  tapioca crocante. É elegante, diferente e, para magros e pequenos, pode ser até um almoço por discretos R$ 18.

O requeijão de corte parece queijo; é feito de leite talhado e bem cozido. Na Baianeira, é quase ocre, “moreno”, importado do norte de Minas. A chefe, Manuelle Ferraz, vem de lá, de Almenara, de onde 
traz ideias e ingredientes para seus pratos, como outras entradas graciosas: vatapá de castanhas com pescoço de peru (R$ 14) ou pastel de abóbora com quiabo (R$ 9).

Se o caso é de sustança, peça galinhada (às sextas) com o arroz em molho cheiroso e a ave macia, mas sem desmanchar (R$ 39). Manuelle faz um excepcional ensopado de galinha com quenga (caldo do cozimento misturado a milho batido). Não está no menu, mas aqui se pede que esteja.

O restaurante tem “triviais”, pê-efes, a R$ 35, como carne de panela. Faz ainda típicos como feijoada e estrogonofe, mas à moda baianeira. Aos sábados e feriados, o cardápio é outro. Tem canela de porco com mandioca (R$ 69 para duas pessoas) e salada de agrião, ora-pro-nóbis, vinagrete de feijão-andu, raízes e queijo de cabra (R$ 29).

Leve alguém para dividir pratinhos ou pratões. Vale improvisar um menu-degustação em um lugar que não tem essa frescura.

Restaurantes

A Baianeira

Brasileira |
até R$66.55

Quando abriu o estabelecimento, Manuelle Ferraz servia apenas pães de queijo, que ainda dão as caras por lá. Além da versão simples, há recheios como goiabada e requeijão de corte. A especialidade da casa agradou tanto que o cardápio foi ampliado e, atualmente, há opções de café da manhã e pratos no almoço, como o pê-efe do Vale, que pode ser feito com galinha orgânica, carne de panela ou costelinha de porco e acompanhamentos variados.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.