Sainte Marie, melhor árabe de São Paulo, tem ambiente simples e cardápio inusitado
Júri - Melhor Árabe
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
“Bolo? Sorvete?”, pergunta meu filho de seis anos. Não, é um quibe. Afinal, estamos em um restaurante árabe, por mais que a imagem predominante nas mesas seja a de um polvo —a cereja do bolo de um pilaf, arroz temperado com linguiça de cordeiro (R$ 72, pequeno).
Quando os comentários em rede social indicaram que a sobremesa imperdível seria a musse de chocolate (R$ 21), a pergunta se repetiu na família: é árabe mesmo? O estranhamento é parte do ingrediente que faz do Sainte Marie Gastronomia uma obra peculiar.
Ele não tem a cara dos árabes mais triviais da classe média paulistana, como Almanara ou Arabia. É um restaurante em que, se for para comer esfiha, que seja de paleta de cordeiro e coalhada (R$ 13,14) ou seja de polvo (R$ 18,18). Em qual outro você comeria isso?
Em relação ao quibe que, aos olhos infantis, pode parecer uma fusão de bolo, cheese-cake e sundae, trata-se do “montado” (R$ 72 o grande), uma torre com camadas de quibe cru, quibe assado, coalhada e cobertura de cebolas crocantes.
A localização foge da corriqueira: Jardim Taboão, mais próximo de Taboão da Serra do que de Pinheiros. No cardápio, uma língua própria, tendo como base a “fofura” e a mistura cosmopolita: a paella é a fofoella
(R$ 270), e os agradecimentos do chef libanês Stephan Kawijian são na base do “mercizão”.
O ambiente é simples e a fiação solta pode até incomodar. Mas a deliciosa coalhada (cortesia para começar) e o bom café de coador (cortesia para sair) tiram qualquer impressão esquisita aos que resistem às filas aos sábados.